Programação
Abertura 16/12 as 19:30hs
Período expositivo: 16/12 à 16/01/2016
todas as terças das 14 as 17hs bate papo com artista, livre para todos os interressados
acessem o catalogo: http://pt.calameo.com/read/0046026044948c06004e9
Terra Rara de Miguel Penha convoca
a população para um olhar um pouco mais crítico sobre a nossa relação com a
natureza, o nome da mostra faz uma analogia aos elementos químicos terras raras,
como todos sabem, esses elementos não tinham valor antes da era da informática,
hoje é considerado um novo ouro.
O Brasil possui a terceira maior reserva de
terras raras do mundo, até então, tudo bem, pode-se até pensar em um futuro
mais promissor para o país, porém é a extração que preocupa o artista, a China
detentora da maior reserva do mundo destruiu grande parte da natureza, causando
sérios problemas à população.
Logo, vem o questionamento, nossas
florestas suportarão a extração, o cerrado que já está no fim, conseguirá
sobreviver?
O artista faz sua leitura, cria
suas obras a partir de em uma linguagem autentica e contemporânea, e apresenta
a população seu ideal, ou seu mundo imaginário onde a floresta e o cerrado,
valeriam mais que tudo isso, onde o homem integrado a natureza viveria de forma
mais feliz e harmônica.
Todas as telas pintadas para a
exposição fazem parte de um conhecimento específico, Miguel é cuiabano filho de
indígenas, seu pai um índio Xiquitano e sua mãe uma índia Bororo, tem a
natureza como parte central do seu trabalho, com uma vivência direta com tribos
de diversas nações, como Krahôs, Kaiapós, Bacairi, Apurinã e Xavante, possui um
conhecimento amplo das plantas, seus usos e costumes, conhecimento adquirido
através de suas vivencias e infância com o pai.
A exposição apresenta-se por meio
de três poéticas principais: natureza, preservação e tecnologia. O conceito
curatorial abre as janelas não só para entender a poética artística, mas
relacionar esses itens entre si, o processo de pesquisa e narração é embasado
pela curadora Fabíola Mesquita, onde as possibilidades facilmente transformam-se
em realidades possíveis, usando meios tecnológicos, como forma de comunicação será
disponibilizado um App criado especificamente para a mostra, com informações
sobre os trabalhos, e sobre espécies em extinção, que é resultado de uma
pesquisa que Miguel vem fazendo há mais de 2 anos sobre as árvores do cerrado
que estão em extinção.
Fabíola Mesquita, é curadora,
formada em filosofia, em 2013 recebeu o Prêmio Empreendimento Criativos,
Modelos de Gestão, pelo Ministério da Cultura, Secretaria de Economia Criativa.
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