Conciliar arte e investimento é uma estratégia de
portfólio bem agradável. É possível se rodear de objetos belos que podem
significar rendimentos. Mas quando um quadro passa a ser visto também como
ativo financeiro é preciso muito mais que ser um grande apreciador.
Alguns critérios básicos podem ser fundamentais. Afinal,
uma arte de qualidade continuará se valorizando independentemente das guinadas
da moeda.
Autor. Os diversos artistas atingem cotações diferentes, mesmo
os contemporâneos e com biografias semelhantes.
Técnica. Os processos de produção mais valorizados são óleo
ou acrílico sobre tela, madeira e carvão. Depois vem o guache ou têmpera sobre
papel. Seguem a aquarela, pastel, lápis de cor e ecoline sobre papel. Desenhos
a nanquim, carvão, sépia e lápis só não valem menos que a gravura.
Datas. O artista tem o período de produção de destaque.
Por exemplo, as obras do começo da carreira do brasileiro Milton Dacosta valem mais que as da sua fase posterior, a construtiva.
Por exemplo, as obras do começo da carreira do brasileiro Milton Dacosta valem mais que as da sua fase posterior, a construtiva.
Conservação. O bom estado é um fator determinante para o preço.
Tema. Todo artista tem um tema que o consagra. Como é o
caso de Miguel Penha muito conhecido por suas paisagens.
Valor
histórico. A participação em algum
movimento artístico ou grande exposição deve ser considerado.
Modismo. Cuidado,
há momentos em que o artista é mais procurado pelo mercado. Depois, volta ao
normal.
Assinatura. Quando
vem na frente, como nos painéis, vale mais, sem assinatura pode não ter valor.
Certificado de Autenticidade: telas com certificadas pelo artista valem mais,
ainda mais se tiverem aval de um
sindicado de artistas.
Validade: é a
análise se o artista é honesto consigo mesmo e com sua cosmovisão, ou se só faz
arte por dinheiro ou pra ser aceito, banalizando-a ao gosto do freguês a ponto
de ele não ter vínculo algum com a verdade do sentimento gerador do resultado
belo.
Pior ainda quando só faz por modismo, se está vendendo
então faz, é bom analisar o currículo do artista, observar sua trajetória, sua
linguagem e coerência.
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